Católicos Progressitas.
Mantém-se a vigília e a grevo de fome pela Paz que um grupo de católicos iniciara em 30 de Dezembro e que logo nesse dia fora duramente reprimida, quando uma força da polícia de choque, comandada pelo capitão Maltez Soares, entra na Capela do Rato prende setenta pessoas, entre as quais se contam destacadas figuras da oposição.
1973 Janeiro, 1
Católicos Progressitas.
Em consequência da vigília pela Paz e dos acontecimentos na Capela do Rato, doze funcionários públicos são exonerados por decisão do Conselho de Ministros, entre os quais Francisco Pereira de Moura e Luís Moita.
1973 Janeiro, 2
Católicos Progressitas.
O Patriarcado emite uma nota em que condena quer a «Vigília da Capela do Rato» quer a repressão policial que se lhe seguiu. Mais tarde o Patriarca demite o Padre Alberto Neto, responsável pela Capela do Rato.
Manifestações.
No decorrer no mês de Outubro decorreram grandes manifestações em Lisboa, Porto, Leiria, Marinha Grande, Barreiro.
As manifestações visavam a falta de liberdade e de condições para a realização de eleições: "Contra a burla eleitoral", "não às urnas".
Outras palavras de ordem: " fim à guerra colonial".
1973 Outubro, 1
Canção Intervenção.
Um forte aparato policial é montado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, onde se realiza o 1.º Encontro da Canção Portuguesa e durante o qual serão entregues os prémios atribuídos no ano anterior pela Imprensa. Participam no festival, entre outros, José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Jorge Letria e José Carlos Ary dos Santos. A canção Grândola, de José Afonso, é entoada em coro pelo público que enchia o Coliseu e, no fim, milhares de pessoas gritam «abaixo a repressão!».