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O AVANTE!
(Texto cedido pelo PCP)

O golpe fascista de 28 de Maio de 1926 e a instauração da ditadura alteraram completamente as condições em que era produzida e difundida a imprensa comunista portuguesa. A confluência das condições próprias da clandestinidade com a necessidade de difundir as palavras de ordem do Partido e mobilizar os trabalhadores para a luta, juntamente com a aplicação pratica dos ensinamentos de Lenine sobre a importância da imprensa na organização do Partido, deram origem a uma nova imprensa comunista, de que o Avante! é o resultado mais brilhante.

O primeiro numero do Avante! saiu em 15 de Fevereiro de 1931. Foi um dos resultados da reorganização do Partido de 1929, dirigida por Bento Gonçalves. Os primeiros dez anos da sua existência sã extremamente dificultados pela repressão fascista, por um lado, e pela insuficiente preparação do Partido para enfrentar com êxito as ofensivas repressivas. Nestes 10 anos, por exemplo, a publicação do Avante! é interrompida, e de novo retomada, cinco vezes. No entanto em 1937/38, 0 Avante! chega a publicar-se semanalmente com tiragens que atingem os 10000 exemplares.

Só dez anos depois do seu aparecimento, com a reorganização de 1940/1941, o Avante! consegue estabilizar a sua publicação e passa a desempenhar cabalmente a sua função na vida e na luta partidária.

Desde Agosto de 1941 até ao 25 de Abril de 19740 Avante! jamais deixa de se publicar regularmente, sempre composto e impresso no interior do pais, sendo internacionalmente considerado o jornal que durante mais tempo resistiu na clandestinidade.

Como órgão central do Avante! desempenhou um importantíssimo papel de agitação e propaganda, de formação ideológica, de organização, de esclarecimento, de difusão dos objectivos do Partido. Como jornal operário, o Avante! foi o grande órgão de mobilização, de consciencialização e de unificação dos esforços de todos os trabalhadores portugueses. Como jornal antifascista, o Avante! foi um combatente incansável pela unidade de todos quantos se opunham à ditadura. O Avante! foi, num pais obscurecido pela censura, um exemplo incomparável do exercício do direito à informação. Hoje não é possível conhecer a história do nosso povo nos últimos cinquenta anos sem folhear os seus milhares de páginass de papel finíssimo, semeado de pequeníssimos caracteres, formando uma finíssima renda que levava a milhares de portugueses o estímulo, a explicação, o apelo, a denúncia, a chama que ateava nos corações o fogo da esperança e o ardor para o combate.



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As tipografias clandestinas

Exteriormente, uma tipografia clandestina era uma casa de habitação coma as outras, na qual viviam duas ou três pessoas, uma família coma qualquer outra. Mas dentro das suas portas, por detrás das suas cortinas, escondia-se «0 coraçã da luta popular», coma dizia José Moreira, durante muitos anos responsável pelas tipografias clandestinas do (#)
Nessas casas realizavam os tipógrafos o seu duro trabalho: receber os textos dactilografados ou manuscritos, imprimi-los no mais curto prazo possível, por vezes durante dias e noites consecutivos, e entrega-los ao aparelho de distribuição.

Por vezes, devido à acção policial, era necessário transferir imediatamente uma tipografia para outro local. Isto obrigava a desmontagem do prelo e ao seu transporte ,juntamente com o tipo de chumbo, muitas vezes numa simples bicicleta ou à mão. Eram dezenas de quilos, que dificultavam a marcha e chamavam a atenção.

Apesar das dificuldades próprias deste tipo de trabalho, apesar de as tipografias serem um dos alvos preferidos da repressão fascista, a partir da reorganização de 1940/ 1941 a imprensa clandestina do (#)ncionou ininterruptamente, apoiando a luta popular com enorme caudal de materiais impressos de todo o tipo.

Depois da reorganização de 1940/1941, foram responsáveis pelas ligações às tipografias clandestinas António Dias Lourenço (1941-1943), José Martins (1943-1945), José Moreira (1945-1950), Manuel da Silva Júnior (1950-1961), o Secretariado e a Comissão Executiva do Comité Central (1962-1974).
 

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20 de Abril de 2016
 

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